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Saturday, February 15, 2020

É vacation home um bom negócios na Flórida?

Antes entrar na matéria, quero deixar bem claro que não sou especialista no assunto, mas sim um curioso que mora aqui nos Estados Unidos desde 1991, atuando como consultor empresarial e que pesquisa o American Way of Doing Business até hoje.

Apesar de blogger, sou consultor empresarial, atendo a comunidade brasileira, praticamente de todas as regiões do Brasil que consideram Miami, Orlando na Flórida ou qualquer outra cidade dos Estados Unidos como destino final, ou para estabelecer negócios ou para mudar de vez com a família.

Isto posto, o que você vai ler a seguida, é minha opinião baseada nas minhas experiências, pesquisas e o que escuto de clientes.

É vacation home um bom negócio na Flórida ou em qualquer outra cidade dos Estados Unidos?

Flórida tem sido o foco. Mas existe propostas de vacation home na praia, nas montanhas e em outros centros turísticos que agora estão despertando a atenção dos investidores brasileiros!

No meu entendimento, a pessoa mais certa para responder à você, é você mesmo!

As duas primeiras perguntas que você terá que responder são as seguintes:
  1. Por que eu quero investir em um vacation home?
  2. Estou eu preparado para o desafio que um negócio chamado vacation home irá me apresentar?

Se você souber responder com precisão essas duas perguntas, suas chances de sucesso, são muito grandes.

Se você não tiver segurança nas respostas, sugiro avaliar um pouco mais essa decisão, talvez esperando um pouco mais, decidindo com a razão e não com a emoção.

Não entrarei no lado do sonho, da diversão, da família, dos amigos mas sim no lado financeiro, citando alguns prós e contras para ajudar você decidir o melhor para você.

PRÓS

Renda no aluguel - Indiscutívelmente, o que mais atrai o investidor de vacation home, é o aluguel.

Sabemos que hoje com os website promovendo essa opção, muitos operadores trabalham com Airbnb dentre outro sites, para gerar renda.

Como sabemos, uma vez alugado, a renda é gerada, e assim ajuda o dono do imóvel a pagar o financiamento do imóvel. Esse é o cenário mais comum!

Valorização do imóvel - O mercado imobiliário é cíclico no mundo inteiro. Por mais, tumultuado que a economia possa ser,  a valorização do imóvel, aqui chamamos de equity, sempre acontece no final. Daí a atração dos investidores de corporificar o investimento!

Incentivos fiscais - Vacation home é um negócio. 

Sendo um negócio, você tem vários incentivos fiscais. 

Você pode deduzir do imposto de renda as despesas de manutenção, condomínios, propaganda, juros do financiamento, seguro, enfim, você pode deduzir muitas coisas. Seu contador saberá orientar.

CONTRA

Riscos – Como todo negócio, sempre o risco existirá. Não existe negócio 100% seguro!

Um dos pontos mais sensíveis do investimento no vacation home, é a economia do país propriamente dito.

Um outro ponto que o brasileiro ainda desconsidera mas o americano não, são os desastres naturais!

Seja em qual for a cidade ou estado que você venha comprar um vacation home, considere sempre o desastre natural. 

Seja uma enchente, tornado, furacão, até mesmo uma tempestade de gêlo! Sim, gêlo! Já imaginou, você tem uma casa na região fria, teu último cliente não segue os procedimentos de saída, e o gêlo arrebenta com toda a tubulação? Faça as contas!

Não esqueça que os Estados Unidos é um pais de desastre natural. Aqui acontece de tudo!

Despesas extras – De um modo geral, sempre as despesas esperadas são consideradas. E as despesas não esperadas? 

É aconselhável, reservar 10% do aluguel para despesas inesperadas! Acredite em mim...vai acontecer! Esse tópico soma o tópico anterior dos riscos.


Taxa de manutenção – Você mora no Brasil. Com certeza você terá que pagar uma taxa de manutenção para alguém tomar conta do seu imóvel. É o que chamamos aqui de gerente de propriedade ou property manager. Quanto é? 

Taxa da cidade – Muitas cidades onde o negócio de vacation homes é oficializado, a cidade cobra uma taxa do aluguel.

Você antes de investir no imóvel, tem que fazer o dever de casa e calcular na sua planilha! Isso é mais importante do que você possa imaginar!

Clube House – muitos condomínios que possuem um clube house, que é a área de diversão com piscina, academia, bar e tudo mais, às vezes, o mesmo, pasme você, não pertence ao condomínio e sim a uma empresa operadora! Esse tipo de operação é legal! Você não pode imaginar quantos brasileiros são pegos de surpresa!

Isto posto, o acesso ao clube house tem uma tratativa totalmente diferenciada. É mais do que aconselhável você checar os bylaws da casa do condomínio que considera, antes de tomar a decisão.

Como falado aqui, os bylaws é a constituição de onde você tem o imóvel. Qualquer coisa falada ao contrário, cuidado! Pense nisso!

Falta de flexibilidade – Muitos donos desse tipo de imóvel com o passar do tempo, começam até mesmo enjoar, digamos assim, de quando tiram férias ir sempre para o mesmo lugar.

Assim, não alugam o imóvel durante a estadia, não faturam, e isso acaba virando uma rotina e acaba conflitando com o lado emocional e até mesmo comprometendo o faturamento do negócio.

Nem cheguei no ponto de emprestar a casa para os amigos quando ele sabe que você tem um vacation home nos Estados Unidos.

Aqui tem uma frase que diz que você não sabe quantos amigos tem, até ter uma casa de férias!

Bem, a essa altura você já está querendo saber a minha opinião.

Resumo: não posso dizer que é um negócio bom ou ruim. Como no início, você é quem vai dizer!

Tudo vai depender de como a receita de vendas será gerada, a taxa de ocupação que seu imóvel terá, e que você não tenha nenhuma despesa extra relevante.

A história tem mostrado o seguinte: quanto mais lastro financeiro você tem, menos stress.

Afinal, hoje que escrevo essa matéria, o câmbio do dólar está R$ 4.30. Você está com fôlego?

Tuesday, October 14, 2014

O dólar subiu e quero vender meu imóvel em Miami. Como faço?

Que a flutuação do dólar está assustando a muitos brasileiros que compraram apartamentos ou casas em Miami ou em Orlando, não se discute. Para quem comprou na baixa e ver agora uma disparada no dólar, é assustador.  

Mas como fazer caso queira vender meu imóvel? Se você comprou um imóvel aqui na Flórida ou em qualquer lugar nos Estados Unidos, sendo você não residente, algumas tratativas fiscais e tributárias serão aplicadas na negociação.

A lei do Imposto de Renda americano diz que quando um estrangeiro vende um imóvel, ele está sujeito a uma taxação de 10% do valor do imóvel. Essa cobrança é baseada na lei chamada FIRPTA – Foreign Investment in Real Property Tax Act. Esses 10% terão que ser remetido ao Imposto de Renda em no máximo 20 dias após a escritura de venda. 


Acontece que como quase como toda regra tem exceção, a lei do FIRPTA não poderia ser diferente. Se o valor de vendas do imóvel for menos de US$ 300 mil dólares, o vendedor “pode” ser isento desses 10%. Mesmo assim o comprador terá que comprovar uma ocupação de mais de 50% durante um prazo determinado e esse comprador terá que assinar alguns documentos se comprometendo junto ao Imposto de Renda. É viável a isenção mas não tão simples.

Mas se o valor de vendas for maior do que US$ 300 mil dólares, não tem jeito. O vendedor pagará os 10%.

Como o objetivo desse blog é dar algumas dicas para chamar a sua atenção, sugerimos consultar seu advogado imobiliário ou corretor de imóveis para a devida decisão.